Sexta-feira, 27 de Maio de 2011

Capítulo 13 - O estranho vampiro

Olá. Daqui é a Catheline, para as pessoas que ainda não lerem o comunicado anterior. Eu sei que disse, desde o ultimo post, que iria postar um novo capítulo rapidamente, mas não contava com o imenso trabalho que tenho tido. As minhas sinceras desculpas.

Espero que esteja tudo do vosso agrado e aguardo pelas vossas opiniões.

Até breve.

 

 

Lylith Marie Johanson:

 

 

Fiquei rapidamente petrificada ao notar que não me encontrava sozinha; de imediato, os meus apurados sentidos, que estavam concentrados no meu reflexo, focaram-se no lindíssimo vampiro que estava confortavelmente sentado num galho de uma árvore.

Ele possuía um curto cabelo meio avermelhado, meio acastanhado, tinha umas maçãs do rosto proeminentes e uns lábios em forma de coração, vermelhos. Era dono de um notável corpo musculado, e bastante atraente, embora a sua beleza era muito menos ofuscante do que a de Thomas.

 

-“Olá! Desculpa se te assustei, não foi essa a minha intenção. Eu sou o Cristian e tu?” – algo no seu tom de voz diziam-me que ele não era um ser de confiança. Tinha um tom meio que manhoso.

 

-“Não tenho por hábito dar o meu nome a estranhos.” – Procurei mostrar a seriedade das minhas palavras através da minha cara de desagrado e repulsa.

 

-“Temos uma vampira bastante atrevida, ahn? Hum, deixa-me cá observar-te bem…” – Ele saltou para outra árvore, de maneira graciosa e veloz –“ Bastante descontrolada nas acções e sentimentos, reflexos ainda bastante confusos e impulsivos, raiva fora do controlo…” – Este último aspecto era fácil de enumerar, pois o meu rosnar ouvia-se perfeitamente –“ Um, talvez dois anos desde que tiveste a bênção de virar imortal?”

 

-“Se não te digo o meu nome, também não vais saciar a tua curiosidade na última pergunta, caro Cristian…” – Ele rosnou, obviamente frustrado e irritado –“Deixa-me em paz, não te quero aqui!” – Berrei, fazendo eco por toda a floresta. Ele afastou-se, parecendo resignado, e eu viro costas à árvore, continuado com o meu banho na água vítrea.

 

Erro quase fatal.

 

-“Vampirinha muito bonita, mas bastante mal-educada para um velho vampiro como eu…Não te ensinaram bons modos em casa?” – Apertou o meu pescoço, torcendo-o ligeiramente –“ Agora vais-me dizer o teu nome e responder ao que eu quero, senão eu desfaço-te em pedaços e pego-lhes fogo. A decisão é tua, mas penso que a tua resposta é óbvia."

 

-“Lylith Marie Johanson, muito prazer.” – Silvei as ultimas palavras, num tom cheio de ironia –“ Vampira à um pouco menos do que um ano. Matei a minha madrasta e a pessoa que mais amava. Mais alguma coisa? Queres uma biografia completa?”

 

-“Hum, pessoa que mais amavas? Mataste-a? Tsss, bela maneira de lhe demonstrar amor…”

 

-“ Não fales do que não sabes Cristian!” – Tentei-me livrar dos braços dele, mas ele apenas intensificou ainda mais o aperto.

 

-“Quietinha, porta-te bem! E o nome dessa paixão arrebatadora?”

 

-“Thomas. Thomas Anthony Williams.”

 

Senti o corpo do vampiro ficar tenso apenas com o meu último diálogo. Será que se conheciam? Impossível! Este vampiro deve de ter uma idade bastante avançada, mais de um século, de certeza.

 

-“ Cristian, o que se passa?” – perguntei, com receio que ele saísse do transe em que entrou e me magoa-se.

 

-“Queridinha, esse Thomas de que falas é um rapaz novo, alto, de cabelos pretos?”

 

-“Sim.”

 

-“De Forks?”

 

-“Sim.”

 

-“Então devo de te dar uma boa ou má notícia, dependendo do teu ponto de vista.”

 

-“Conta-me! É sobre ele? De onde o conheces?”

 

-“De Volterra, Itália.”

 

-“Isso é impossível! Eu sei que ele nunca esteve nessa cidade, mas sim em Nápoles. E só foi uma vez. Ele geralmente prefere sítios mais solarengos para passar férias, mais tropicais.”

 

-“Não estás a perceber. Eu vi esse rapaz em Volterra na semana passada. Ele é um vampiro bastante atraente para a população feminina humana e vampírica de lá. Recente como tu, mas com um belo par de olhos vermelhos e um manto preto. Ele é a recente aquisição dos Volturi.”

 

publicado por Isabela às 10:42
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Quinta-feira, 28 de Abril de 2011

Comunicado #3

 

Olá a todos os leitores que ainda não abandonaram este projecto.

Daqui é a Catheline (~c.cullen), e venho-vos dizer que, a partir de hoje, a ~mia decidiu fazer uma paragem da sua parte da fic e, sendo assim, vou ficar só eu a postar por aqui. Compreendo os motivos dela, nos quais ela alega que precisa de tempo para compreender melhor a sua escrita  e personalidade. Ela pede desculpas pela longa ausência (ou mesmo desistência deste projecto).

Em breve, irei postar por aqui novidades, o mais rápido possível. Esta fic vai continuar!

Espero que ninguém se importe.

Catheline.

 

(novo visual em breve)

 

publicado por Isabela às 17:39
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Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2011

Comunicado #2

Estimados leitores,

pedimos imensa desculpa, mas com o acumular de tarefas escolares e outros afazeres, sentimo-nos impedidas de ter capítulos semanais; garantimos que, ainda neste mês, postaremos mais capítulos, mas não tão regularmente.

Sentimo-nos forçadas a acabar com os posts semanais, em prol do nosso futuro. Esperamos que entendam. E também PROMETEMOS que, em breve, os capítulos semanais voltarão.

 

Um enorme beijinho,

 

Catheline e Marianne (temos novos «nicks», sendo substituídos pelos ~c.cullen e ~mia).

publicado por Isabela às 11:06
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Quarta-feira, 29 de Dezembro de 2010

Capítulo 12 – Repulsa

Olá.

Quero pedir desculpas por não ter postado na sexta-feira, mas com o Natal, e o seu festejo, não tive mesmo oportunidade para tal. Além disso, a minha Internet não contribuia para postar, porque decidiu tirar umas pequenas férias natalicias.

Espero que gostem, aviso que é uma escrita leve, fraquinha, mas com coração.

Um beijinho, ~c.cullen.

 

Lylith Marie Johanson:



Nojo. Repulsa. Enjoo. Sentimentos asquerosos, cobertos de lama e vergonha, completam furiosamente o meu ser perfeito. O ódio que me corre nas veias é o que me alimenta, é o que suporta este monte de mármore em que o meu corpo se transformou. Desprezo-me a mim própria, porque pequei. Assassinei o amor da minha vida, transformei-o numa carcaça, abandonada no meio da húmida floresta de Forks.

 

Mantenho uma corrida constante, tenho medo de voltar a parar. Tenho medo que a minha paragem traga mais morte e destruição. Mais terror. Quero acabar com a minha existência, pois já não me reconheço; já não sou a Lylith humana, aquela que corava, que se escondia nas sombras, que mantinha um amor platónico a bater no coração, a correr pelas veias. A menina doce, singela, carinhosa e meiga, altruísta faleceu com a vinda deste novo ser. Agora era uma assassina que merecia pena perpétua, ou a sentença de morte, mas nada destrói esta máquina de destruição em que me metamorfosearam. As palavras suicídio e vampirismo não coincidem; penhascos altos, afogamento, estrangulamento, armas, nada resultava perante a minha imortalidade.

 

Estou enojada com a minha existência, quero-me isolar, fugir do mundo em si. Um buraco negro ou talvez um planeta vazio podiam ser boas prisões para um monstro implacável, um monstro como eu. Mas claro, nem tudo o que eu desejo se concretiza. Eu amei tantos anos o Thomas, e ele não me correspondia, e penso que ele só me disse aquilo porque estava afectado com a dor física que eu lhe estava a impor.

 

Paro, tranquilamente, no meio de uma densa floresta, bem longe do meu lar, da minha terra natal. Não sei sequer a minha localização, mas também não procuro saber. Inspiro o ar, fortemente, e ataco um pequeno coelho inocente, para saciar a minha garganta áspera. Mais uma vítima a juntar à minha lista de assassinatos. Talvez matei a mãe de uma ninhada de coelhinhos jovens, que agora se encontravam à mercê de caçadores como eu. De animais selvagens, como eu. Oiço, como uma melodia de fundo, um pequeno riacho, do meu lado esquerdo. Corro para lá, porque queria limpar-me, tirar os restos de folhas e terras que pendiam nos meus longos cabelos ruivos. Resto que se encontravam a viver no meu corpo há meses, provavelmente.

 

Mergulho, dando longas braçadas na agua cristalina e gelada, mas perfeita para mim. Noto que os pequenos peixes fogem com a minha presença, provocando-me uma risada estridente, como à muito não soltava. E, no momento em que viro o rosto para a corrente de liquido transparente, solto um forte suspiro. Os meus olhos, aquela cor de lava foi substituído por um tom castanho, brilhante, quase dourados, como um girassol aberto. Simplesmente, hipnotizo-me por eles, admirando a nova beleza, a nova aquisição do meu rosto pálido.

 

-“Sabes, não estejas assim tão admirada com a mudança de tonalidade dos teus olhos. Faz tudo parte da alimentação vegetariana que levas.”

 

 

publicado por Isabela às 19:19
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Sábado, 18 de Dezembro de 2010

Capítulo 11 - Novidades

Aqui vai mais um capítulo :)

Beijos,  ~ mia

 

 

Thomas Anthony Williams:

 

Não falámos durante o tempo que durou a viagem de avião.

Dois dias.

Ele arrastara-me até ao aeroporto e, sem saber bem como, estava num avião rumo a Itália.

À minha nova casa, um sítio onde eu me integraria.

Aro dizia que eu era carismático e que não era difícil para mim conquistar os outros.

-Se em humano já tinhas essa capacidade, então agora em vampiro deves tê-la ainda mais acentuada. - afirmara Aro.

O certo era que aquele vampiro estranho, com uma pele que parecia pintada com giz quase translúcido sabia tudo sobre mim desde o momento em que me apertara a mão com uma insistência inquietante.

Não sabia ao certo o que esperar, não sabia sequer para que local longínquo de Itália me dirigia.

Talvez Nápoles? Tinha ido lá uma vez na viagem de finalistas no 10º ano onde engatei alguma italianas. Talvez as vampiras italianas fossem ainda mais atraentes que as humanas.

Se fossem todas como Lylith...bem. Não era preciso pensar muito.

Tentava não pensar muito na vampira de cabelos ruivos que me sugara a vida. Provavelmente sentia-se culpada por me ter roubado a existência e estaria naquele momento a martirizar-se.

No entanto, aquela fora a melhor prenda que alguém me poderia ter dado.

A imortalidade. E por isso, estava-lhe eternamente grato.

Virei o rosto para a janela para evitar os olhos de Aro que não parava de me observar atentamente, tentando encontrar alguma falha no meu rosto perfeito.

A verdade era que a minha garganta ardia agora com mais intensidade do que nunca e a proximidade de tantos humanos não ajudava.

Apenas desejava rasgar a garganta de uantos me aparecessem à frente...mas o meu peculiar companheiro aconselhara-me calma pois tinha uma enorme surpresa para mim em sua casa. Em nossa casa, segundo ele dizia.

Sentia-me grato por me ter despedido da minha mãe como ela merecia.

Detestava a ideia de a fazer sofrer e não me agradava particularmente que a última vez que ela me vira tivesse sido num funeral...mas fora o que sucedera e ela tinha que saber lidar com aquilo.

Jamais poderia voltar a estar com ela como Thomas. Como o seu filho adolescente que só se importava com raparigas, amigos, saídas à noite e cervejas.

Talvez pudesse observá-la de longe, escrever-lhe...mas nunca voltar a falar com ela.

O que pensaria ao ver-me? Aos seus olhos, jamais voltaria a ser Thomas Anthony Williams, o adolescente maravilha.

Jamais.

Quando voltei a abrir os olhos, o avião já tinha aterrado.

publicado por marianne goulart às 22:50
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Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2010

Capítulo 10 - Toca e foge

Olá :)

Finalmente, aqui está o capítulo extra como compensação.

Está feio.

Beijos, ~ mia.

 

 

Lylith Marie Johanson:

 

Seria possível?

Seria possível que eu tivesse tirado mais uma vida humana, sugado mais uma alma, extirpado mais um coração de um frágil corpo quente e húmido em troca de sangue?

Já não havia nada que pudesse fazer. Thomas estava morto e jamais voltaria a assombrar-me ou a saltar-me à mente nos momentos mais inoportunos. Jamais.

Tinha de me afastar daquela cidade escura e triste, que me deixava nostálgica e deprimida.

Tinha de ir embora.

Comecei a correr e só parei passado muito tempo.

 

***

Thomas Anthony Williams:

 

Nunca reparara naquela casa antes, mas algo me levara até lá.

O odor.

O cheiro a vampiro tão doce e frio que emanava daquela casa era quase reconfortante. E isso queria dizer que eu não era o único por aquelas bandas, para além de Lylith.

Forks revelava-se cheia de surpresas ultimamente.

Demorei a sair do carro. Não sabia ao certo o que fazer ou o que dizer. Não estava familirizado com as regras de etiqueta de vampiros.

E além disso, algo mais me distría: a fogueira acesa na minha garganta não me deixava pensar claramente.

O cheiro da água que me vinha de um riacho que corria algures não se revelou apetecível e o fluxo de veneno na minha boca implorava por algo mais denso.Saboroso.

Cerrei os dentes com força e contorci-me no banco do carro, espetando as unhas na pele do volante.

A sede era revoltante.

Foi então que senti uma presença e uma voz, suave e grave, murmurou:

-Aposto que tens sede.

Virei intintivamente a cabeça para trás e lá estava o dono da voz, imponentemente sentado no banco.

Era igual a mim: a mesma tez pálida, o mesmo cheiro, a mesma perfeição ridícula e os mesmos olhos vermelos e brilhantes.

Acenei afirmativamente com a cabeça e a sua boca torceu-se num leve sorriso.

Pegou-me na mão e apertou-a.

-Então segue-me. Posso ajudar-te...Thomas.

Estremeci quando ele pronunciou o meu nome.

-Confia em mim. Sou um amigo.

-E como é que te chamas, amigalhaço?

-Aro. Aro Volturi.

publicado por marianne goulart às 20:47
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Sexta-feira, 10 de Dezembro de 2010

Capítulo 9 - Um novo Thomas Williams

Olá caros leitores do nosso coração ;)

Como prometido, aqui tem o novo capítulo. Não se esqueçam que este fim-de-semana terão um capítulo extra, para compensação do capítulo em falta da semana passada.

Capítulo elaborado por ~c.cullen.

Esperamos que gostem.

Beijinhos.

 

 

 Thomas Anthony Williams:

 

Estremeci. Não de medo, nem de pavor. A surpresa, o choque dominou completamente o meu ser. Estava deveras e profundamente maravilhado com todas as sensações que o meu corpo me proporcionava naquele simples reflexo fosco. A completa perfeição que os meus traços adquiriram com o processo de ardor que, anteriormente, vivi, era demasiadamente ofuscante. Perfeito de mais para um ser humano. O cabelo mais longo e mais negro, mais desalinhado, mais selvagem, mas com um encaixe perfeito no meu rosto. Noto que as roupas que estou a usar encontram-se ligeiramente mais curtas, pelo meu aumento muscular.

 

A cicatriz que possuía no lábio inferior, resultante de uma pequena rixa de adolescentes, desapareceu por completo, dando lugar a um intenso e ofuscante vermelho-vivo nos meus lábios ligeiramente carnudos.

 

As minhas mãos pareciam dispor de um autêntico dispositivo de segurança; possuía as unhas mais longas e mais afiadas, mas impecavelmente encaixadas nos meus dedos.

 

Depois, o choque. Gritei, soltando um perfeito timbre musical, digno de uma orquestra. Os meus olhos, outrora verdes como duas esmeraldas, passaram a ser vermelhos. Como se mudassem de pedras preciosas e agora ostentassem os brilhantes rubis.

 

Não me agradam particularmente, mas fazem parte do novo Thomas. Um ser ainda mais perfeito, mais adorável, mais invencível. Não tenho mais medo da morte, porque eu sou a encarnação desta e, por incrível que pareça, estou a adorar. Ser imortal. Ser tudo o que sempre sonhei. Não apodrecer jamais, como um reles mortal. Como a madrasta de Lylith. Eu sempre soube, nos meus íntimos pensamentos, que era especial. Diferente. Que ia ser contemplado com algo grandioso. Mas nunca imaginei, nem nos meus preferíveis sonhos, que ia ser abençoado com esta dádiva.

 

Um presente vindo da mulher que sempre amei e que nunca tive coragem de o confessar. Apenas no auge da morte tive a coragem necessária para lhe dizer os verdadeiros sentimentos que transportava dentro do meu íntimo ser. Todos os dias, ao arrastar aquela maldita cadeira que indicava mais um inicio de uma aula, o meu mal-estar matinal logo era substituído por um cheiro de morangos misturado com um perfume indecifrável. Ela.

 

Acanhada, sempre com aquele tom rosado na cara que eu tanto adorava. Aquela voz singular, o sorriso com que ela me brindava todas as manhãs era insubstituível. Não o trocava, nem por todas as mulheres do mundo. Ela era especial, única, uma flor rara no meio de tantas vulgares e feias.

 

Entro no meu carro, tranquilamente, e enfio a chave na ignição, fazendo o barulho do motor ecoar por toda a região. Enquanto viajo, e oiço música, penso na minha família. Nos meus pais. Eles não me podem ver, estaria a colocá-los num perigo eminente. Um perigo mortal. Não sei se sou capaz de controlar os meus instintos animais. Nem sequer quero experimentar essa hipótese, não lhes quero infligir dor. Nem a eles, nem às pessoas que amo e que têm um significado salientado na minha existência. Não quero ser um monstro, um assassino.  

Sou um sem-abrigo. Alguém desposado dos seus bens materiais, por ser uma ameaça constante. Era esse o preço a pagar pela imortalidade? A solidão total?

 

Sem notar, sem me aperceber por um mísero segundo, estaciono o meu carro em frente a uma vasta moradia.

publicado por Isabela às 10:54
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Domingo, 5 de Dezembro de 2010

Comunicado

Caras leitoras,

 

peço muita desculpa, mas esta semana estou cheia de testes e não tive tempo para escrever, pois, como espero que entendam, tive que estudar.

No fim-de-semana vai haver capítulo duplo.

Espero que entendam e peço muita desculpa.

Beijos,

 

~ mia

publicado por marianne goulart às 20:54
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Sexta-feira, 26 de Novembro de 2010

Capítulo 8 - Um amor corroído pela lava

Olá caros leitores :’)

 

Espero que gostem deste capítulo, cheio de emoções fortes.

Este foi elaborado pela ~c.cullen.

 

Sem mais demoras, boa leitura, beijinhos.

 

 

Thomas Anthony Williams:

 

Senti que aquele beijo trazia muita mais energia do que a maioria das raparigas que eu já tinha beijado. O meu lábio rasgado, o sangue a cair rapidamente na minha camisa cinzenta, os seus lábios a deliciarem-se com aquela gota vermelha-viva que saía dos meus lábios. O pedido de desculpas, suplicante e temeroso. E depois, o fim. Uns dentes demasiado afiados para a minha pele, o sugar do meu sangue, o liquido mais precioso que eu possuo. Era isto? A minha morte será aqui, nesta floresta fria, gélida e escura? Grito, entorpecido pela agonia que Lilith me está a provocar. Tenho medo da morte. Medo da solidão. Mas todos estes sentimentos são ultrapassados por outro que bate mais forte no meu coração: o amor. E, sabendo que a minha morte está eminente, profiro as minhas ultimas palavras, aquelas que já deviam de ter sido proferidas antes, mas a minha falta de coragem era demasiada.

 

-“Eu amo-te.”

 

Deixei de gritar, mas antes senti o meu corpo a bater de encontro à terra húmida da floresta. Os dentes, o corpo que se encontrava a saborear-se do meu, já não o sentia. Será que já morri? Não sinto nada.

 

-“Desculpa Thomas, perdoa-me.” – Alguém proferia aquelas palavras, num tom melodioso. - ”Eu também te amo.”

 

A solidão. O abandono. Não quero morrer sozinho. E depois, as dores voltaram. Mais fortes do que nunca. Abro os olhos, por breves segundos, para depois os cerrar, com força, tamanha a dor que estava a sentir por toda a extensão do meu corpo. Parecia que estava em chamas, a arder da ponta dos fios dos meus cabelos revoltos até à ponta dos dedos dos pés. Todos os meus órgãos pareciam estar em cinzas, em pó. Apenas sentia o meu órgão vital, o coração, a lutar contra este ardor que se instalou em mim. Morrer custava assim tanto, era tão doloroso e penoso? Batidas frenéticas, uma luta frustrada contra o veneno que se encontrava impregnado em mim. O homem foi pó e pó voltará a ser. Então era isto? O culminar de uma vida humana? Regressarmos às cinzas? Não sei. Sinto totalmente paralisado, apenas sei que o meu coração continua a bombear fortemente, até custa ouvir a sua batida desesperada pela vida. Não venceu. Um ultima batida, forte, que se fez ecoar por toda a floresta. Esta ultima batida fez todo o meu corpo contorcer-se de dor, tamanha a ferocidade desta. Finalmente, um pouco de silêncio e paz. A morte. Não vou sofrer mais, não tenho mais medo. O meu tormento terminou.

 

E então, reuni forças para abrir os olhos. E senti-me mais forte do que nunca. Não estava no céu, no inferno, no purgatório. Encontrava-me a observar, deitado no chão da floresta de Forks, os poucos raios de sol que se infiltravam pelas densas copas das árvores. Parecia que conseguia ver todas as partículas das folhas que se encontravam à minha volta, ouvia todos os movimentos dos pequenos habitantes deste meio, cheirava perfeitamente e separadamente todos os perfumes aqui existentes. Mas uma pequena, mas incómoda dor, teimava em persistir. O arder forte na minha garganta incomodava-me bastante, esta estava tão ressequida que parecia que ia estalar tamanha a secura. Levantei-me, e fiquei admirado com a velocidade com que o meu corpo reagiu ao meu pensamento. A fluidez, a graciosidade do meu movimento. Olho para as minhas mãos. Pálidas, perfeitamente esculpidas, com umas unhas afiadas e que encaixavam perfeitamente nas minhas mãos. Passo as mãos pelo meu cabelo, tirando os resíduos de folhas, e noto que este encontra-se mais comprido e denso. O que raio se está a passar comigo? Pensei que estava morto, que não passava de um cadáver moribundo na floresta; contudo, sinto-me mais forte, mais atento, mais motivado do que nunca. Sinto uma passada leve ao meu redor e desato a correr em direcção a ela, com a maior rapidez que já vi um humano ter. Um humano…um humano não teria tanta força como eu tenho neste exacto momento. Um humano não teria uma audição tão apurada como a minha, nem um olfacto tão perfeito. Então, pergunto-me, o que serei eu?

 

A minha garganta, a minha boca teima em maltratar-me, estou completamente cheio de sede. Contudo, não é o cheiro da agua que me atraí, mas sim o cheiro do pequeno veado que se encontra a poucos metros de mim. E sem pensar, sem reflectir sobre as minhas acções, atiro-me fortemente contra o seu corpo, mordendo-o furiosamente no pescoço, entrando em êxtase com o sabor fantástico do seu sangue. Quando terminei o meu saboroso banquete, empurro a carcaça do animal para longe do meu ser glorioso, e desato a correr em direcção ao cemitério, ao último lugar onde vi, com a minha visão turva, a mulher que eu amei, que amo, e que sempre amarei. Contudo, ao chegar lá, não vislumbro ninguém. Vejo o meu carro estacionado, e, constatando que tenho a chave no bolso das calças sujas com sangue e terra, dirijo-me à minha viatura, onde vejo, no vidro, o meu reflexo. Estremeço.

 

publicado por Isabela às 11:05
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Sábado, 20 de Novembro de 2010

Capítulo 7 - Arrependida

Olá :)

Peço imensa desculpa por não ter postado ontem, mas houve uns problemas e só deu mesmo hoje.

E também peço desculpa pela fraca qualidade do capítulo.

Beijos,  ~ mia.

 

Lylith Marie Johanson:

 

-Lylith?  - murmurou.

O horror e a surpresa que emanavam do seu corpo eram quase palpáveis e perspassaram o meu corpo com violência.

Ele reconhecera-me.

Ele fitara-me directamente nos olhos vermelhos, sangrentos, perversos e o seu olhar causara-me a mesma sensação de calor que me provocava quando eu era humana.

Nada mudara. Os meus sentimentos permaneciam iguais, o meu desejo por ele apenas aumentara com a distância. E agora ele podia ser meu.

Sorri maliciosamente.

-Segue-me. - sussurrei.

 Hipnotizado pelo encanto que a beleza de vampira me proporcionava, Thomas seguiu-me sem pestanejar.

O seu passo lento de humano, ainda mais carregado devido ao torpor que eu lhe causava, impacientava-me. Mas aguentei. Por ele aguentava tudo.

Fomos caminhando na direcção da floresta, acabando por parar no sítio onde eu fora transformada.

Virei-me para ele e sorri timidamente.

O seu coração começou a bater descompassadamente e o seu rosto assumiu uma expressão atordoada.

-Continuas igual, Thomas. - comentei, na minha voz doce e repicada.

Ele engoliu em seco e respondeu, com a voz entaramelada.

-O mesmo não posso dizer de ti.

A amplitude do meu sorriso aumentou.

-Eu sei. Operaram-se algumas mudanças em mim durante estes dias. A todos os níveis. - rematei com a voz quase agressiva.

Ele ergueu as sobrancelhas. Conseguia sentir o seu interesse por mim aumentar a cada minuto. E o cheiro do seu sangue era embriagante...mal me conseguia conter. Mas a ele não lhe faria mal. Jamais o magoaria.

-Estás linda. - a sua boca retorceu-se num meio sorriso sedutor. Conhecia aquele sorriso, aquele ar de ligeira superioridade que o predador adquire na presença da presa.

Sabia que não poderia mantê-lo entorpecido durante muito tempo.

Ele aproximou-se de mim com uma lentidão exagerada até para um humano. Estava a apalpar terreno. A testar a água para ver até que ponto podia ir comigo.

Pegou-me na mão pálida e a sua pele arrepiou-se em contacto com o gelo do meu corpo.

O meu dedo percorreu as veias salientes daquele pulso cálido e o bater suave do seu coração enchia-me os ouvidos.

Aquele cheiro era mais forte e delicioso do que o da mulher morta que descansava agora num caixão que sabia a tristeza.

Era mais chamativo. Mais perfumado. E mais apetitoso.

Não fazia ideia se a atracção que eu sentira por ele enquanto humana e ainda enquanto vampira fomentavam o desejo de provar o sangue que corria naquelas veias, mas não podia deixá-lo ir sem sequer provar um pouco.

Tinha a certeza de que me conseguiria controlar.

Ele continuava a percorrer a pele do meu braço, o mesmo rapaz convecido que me ignorava quando não precisava de mim, que me tratava como um capacho. Algo descartável.

Ele agora só mudara de opinião devido ao meu aspecto. À minha beleza. Como sempre o fizera.

"Estás linda." , foram as palavras que ele pronunciara.

Cerrei os dentes, tão silenciosamente que ele não poderia dar conta do rumo que os meus pensamentos levaram.

Afastei-lhe o cabelo do pescoço e cheirei, mais uma vez, aquele delicioso perfume.

Já não me alimentava desde ontem. Para mim, era demasiado tempo.

O meu hálito fresco arrepiava o pescoço de Thomas, que respirava de forma ofegante.

-Sabes... - murmurei. - Há duas coisas que desejo fazer neste momento.

-Sejam elas? - perguntou a custo.

Ri-me - um riso feliz de criança - e os meus lábios vermelhos beijaram a sua jugular, o queixo, até pararem nos lábios.

Os lábios que eu sempre sonhara em beijar. E agora tinha uma última oportunidade de fazê-lo.

Pressionei suavemente a minha boca contra a dele, com muito cuidado, pois não conhecia os limites da minha força bruta.

Ele depressa me conduziu, num beijo longo e apaixonado. Pelo menos da minha parte.

Quase conseguia saborear-lhe o sangue através daquele beijo e, numa ânsia desesperada e sem ter consciência do que fazia, mordi-lhe o lábio com violência.

Afastei-me dele quando uma gota vermelha jorrou do rasgão que eu lhe fizera.

Ele olhava-me, horrorizado.

Já não podia aguentar mais...

-Desculpa. - supliquei. - Desculpa...

Fechei os olhos e, olhando-o nos olhos uma última vez, cravei as presas no seu pescoço, sorvendo aquele líquido delicioso.

Os gritos acabaram por cessar.

publicado por marianne goulart às 13:23
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